A presente pesquisa tem por objetivo trabalhar o tema da liberdade na relação indivíduo e coletividade segundo o pensamento steiniano. Parte-se de uma investigação do indivíduo em relação consigo mesmo, com o outro para daí abstrair a essência da peculiaridade das influências externas do convívio do indivíduo na coletividade. Sendo assim, Stein analisa fenomenologicamente a pessoa humana em todas as suas dimensões e reconhece que é preciso averiguar as manifestações subjetivas da espiritualidade e examinar suas consequências na vida coletiva. Assim (...) uma investigação fenomenológica sobre a relação indivíduo e coletividade está subjacente à problemática de se saber como o indivíduo pode resguardar sua individualidade e liberdade na convivência coletiva. Para responder essa questão a autora apresenta o caminho da fé como abertura para que o indivíduo possa agir eticamente, consciente na coletividade tendo em vista o bem comum. A liberdade humana como dom da graça e como condição humana que se revela através da relação entre o reino da natureza e o reino da graça. (shrink)

Este artigo aborda os antecedentes históricos e as possibilidades do método de Cálculo com Anéis de Polinômios (PRC), por meio do estudo de sua aplicabilidade a diversas lógicas e, em particular, sobre o possível desenvolvimento deste sistema algébrico de prova aplicado à Lógica de Primeira Ordem.

This article addresses, in general lines, the discussion of western philosophical thought as a basic for establishing the conception of nature, society and the role of science and education in this context. Aims to discuss the dialectical historical materialist method, pointing out essential elements present in the methodological course. It also analyzes aspects of ontological criticism as a possible theoretical foundation for human education process in which the social being produces its own objective and subjective conditions of existence.

This paper discuss the relations between the conception of freedom of press and the construction of a professional identity on journalism. As a departure point, we do bibliographical revision of the press freedom definition as it was initially elaborated by Illuminist philosophers. After that, we investigate how such concepts integrate journalists’ self- legitimating discourse and also how it participates on the construction of their identity.

A partir de uma perspectiva decolonial do ensino, este artigo objetiva fazer uma reflexão sobre a dinâmica homogênea do ensino de ciências, a qual se comporta como veículo de reprodução de uma visão de mundo eurocentrada, visando universalizar o conhecimento ocidental em detrimento das demais culturas. Tal objetivo justifica-se na importância de analisarmos o espaço de prestígio que ainda é reservado para a racionalidade científica, a qual é propagada sem a devida contextualização histórico-filosófica. Tomaremos como base a poesia Eu-mulher de (...) Conceição Evaristo, partindo do pressuposto de que um ensino eurocentrado exclui de seu bojo os grupos minorizados, principalmente a mulher negra. (shrink)

O presente trabalho resulta de um estudo da reentrada do ensino de Filosofia no currículo do ensino médio e sua repercussão no curso de graduação em Filosofia ofertado pela Universidade Estadual Vale do Acaraú, em Sobral-CE, cujo objetivo é provocar uma reflexão sobre o ensino de Filosofia na educação básica de nível médio e a intensidade desse impacto com o retorno da disciplina. Assim, analisamos se esse impacto aconteceu de forma positiva ou negativa para o curso de Filosofia da (...) UVA. Nosso trabalho enfocou aqui, pesquisas e gráficos elaborados através da coleta de dados oficiais em alguns setores administrativos da Universidade, onde tiramos a conclusão dessa análise. (shrink)

A crise dos modelos de representação fundadas em unidades coerentes e ordenadas parece ter como um dos traços o que Bruno Latour (1993) chamou de “híbridos”(1). Os híbridos são a figura da multiplicidade que não cabe em categorias e que a modernidade “varia para baixo do tapete”. Atualmente, assistimos ao “retorno dos que nunca foram”, que interpelam de forma contundente nossas formas de vida, fortemente apoiadas na técnica. Mas como apreender os fluxos de discursos e práticas mediatizadas que nos atravessam (...) sem cair nas armadilhas do tecnicismo? Que configurações poderiam hoje assumir práticas e discursos críticos? Que agenciamentos propor? Tentar compreender o estatuto do tecnológico, do político, do artístico, do urbano e do banal como “artes do fazer” parece-nos uma tarefa urgente e necessária. Gilles Deleuze (1977), em “Kafka, por uma literatura menor” (2), deixa-nos uma importante pista, ao afirmar, em sua definição de agenciamento, que “a técnica é antes de tudo social”. A direção nos permite avançar para além das concepções instrumentalistas e dicotômicas da técnica e percebê-la enquanto processo complexo de mediação. De fato, como também afirmava Simondon (1989), os objetos técnicos sempre foram gerados por mediação e geradores de mediação(4). O presente número da Revista Logos traz justamente contribuições para fomentar esse debate e para compor o já vasto quadro das cartografias sobre tecnologia e sociabilidade no Brasil, no campo das possibilidades de mediação sociotécnica. Trata-se de um número especial, organizado dentro da parceria PPGC-Uerj e Centre d’Etudes sur l”Actuel et lê Quotidien (CEAQ) - Paris V, com a colaboração do Professor Stéphane Hugon, coordenador do GRETECH, grupo de pesquisa sobre Tecnologia e Quotidiano. Se, por um lado, o conjunto de artigos compartilha determinados referenciais teóricos, por outro, acolhe também visões próprias, forjadas a partir de diferentes experiências sociais e em distintos contextos culturais. Em comum, todos partem de certa forma da percepção de que as mediações presentes nos processos de sociabilidade podem colaborar nos processos de negociação com as regras e códigos sociais vigentes para inventar outros possíveis. Todos, de certa forma, dão a ver, em seu conjunto, que entramos numa arena onde os diversos elementos que constituem o social interagem e ganham novos contornos: o político não dialoga apenas com o “ideológico”, mas também com o cultural, o subjetivo, o artístico. Da mesma forma, a arte, por exemplo, não diz respeito apenas ao cânone, mas também ao político, ao urbano, ao sensual e ao banal. Com isso, também a noção de tecnologia se amplia e, entendida como “máquina social”, pode ajudar-nos a melhor apreender as dimensões dos fenômenos culturais e de comunicação hoje. Os onze textos reunidos neste número apontam exatamente para o momento singular em que vivemos sob alguns de seus mais diversos ângulos. Stéphane Hugon da Universidade René Decartes-Paris V/CEAQ discute a importância dos processos de apropriação da tecnologia no quotidiano; João Maia e Eduardo Bianchi, da UERJ, abordam a sociabilidade de jovens adolescentes de uma favela carioca como forma criativa de cidadania; Vicenzo Susca, da Universidade René Decartes-Paris V e da Università di Lingue e Comunicazione de Milão, aborda o aspecto subversivo das tecnologias, através de uma perspectiva transpolítica; Beatriz Bretas da UFMG apresenta estudos de caso sobre modos de organização de redes sociais virtuais no Brasil; Fabio Larocca discute como as tecnologias alteram nosso olhar sobre as dinâmicas sócio-espaciais no contexto das cidades; Florian Dauphin faz uma análise do sofware livre na França, país com uma das mais fortes tradições de organização social desse movimento na Europa; José Pinheiro Neves, da Universidade do Minho, recupera a contribuição de Simondon para uma análise da percepção das imagens nas telas dos computadores; Shangsub Choi, do Korea Information Society Development Institute, aborda as mudanças propiciadas pela internet no quotidiano de pessoas e empresas e as possibilidades de contra-poder; a arquiteta e urbanista Julieta Leite aposta na integração das tecnologias digitais aos tecidos da cidade para a construção de novas experiências espaciais coletivas; Maria da Luz Correia analisa a recuperação da comunicação por cartões postais nos dias atuais. Finalmente, Hedi Zamouri faz uma etnografia da Brigada Anti-Pub, movimento contra o abuso da publicidade nos espaços públicos de Paris e José Cláudio Castanheira resenha o último livro de Shetyl Turkle, “História íntima dos objetos”. A Logos 29, edição especial, chega assim aos leitores com uma gama variada de proposições e de lugares de observação, brindando-nos com novas pistas para a análise de questões que compõem a pesquisa atual no campo da comunicação. Desejamos a todos uma boa leitura. Fernando Gonçalves Editor temático desta edição especial da Logos. Professor adjunto da Faculdade de Comunicação Social da Uerj e membro do Grupo de pesquisa Comunicação, Arte e Cidade, do PPGC-Uerj, onde leciona a disciplina “Tecnologias e Formas de Vinculação Social”. Notas 1 Latour, Bruno. Jamais fomos modernos. Rio de Janeiro: Ed. 34, 1994. 2 Deleuze, Gilles. Kafka, por uma literatura menor. Rio de Janeiro: Imago, 1977. 3 Simondon, Gilbert. Du mode d’existence des objets techniques. 4eme Édition. Paris: Aubier, 1989. (shrink)

The 21st century is characterized by an unpredictable and challenging work environment, and the Intrapreneurial Self-Capital (ISC) career and life construct can be seen as a core of individual intrapreneurial resources that enables people to cope with ongoing challenges, changes, and transitions founding innovative solutions when confronted with the constraints imposed by such an environment. The ISC is a challenging construct since it can enhance behavior and attitudes through specific training, unlike personality traits, which are considered substantially stable in the (...) literature. Against this background, the present study examined the relationship between ISC and well-being (hedonic well-being and eudaimonic well-being) controlling for the effects of personality traits. The Big Five Questionnaire (BFQ), the Intrapreneurial Self-Capital Scale (ISCS), the Satisfaction With Life Scale (SWLS), and the Flourishing Scale (FS) were administered to 258 Italian workers. Hierarchical regression analyses showed that ISC explained a percentage of incremental variance beyond that explained by personality traits in relation to both life satisfaction and flourishing. These results indicate that ISC is a key resource for hedonic well-being and eudaimonic well-being and that it offers new research and intervention opportunities. (shrink)

A recent paper by Jakl, Jung and Pultr succeeded for the first time in establishing a very natural link between bilattice logic and the duality theory of d-frames and bitopological spaces. In this paper we further exploit, extend and investigate this link from an algebraic and a logical point of view. In particular, we introduce classes of algebras that extend bilattices, d-frames and N4-lattices to a setting in which the negation is not necessarily involutive, and we study corresponding logics. We (...) provide product representation theorems for these algebras, as well as completeness, algebraizability results for the corresponding logics. (shrink)

Music, literature, history. These things are not quite alike. But in Europe, before the advent of recording machines that made it possible for sounds to be recorded and played back, the three activities relied on the same technology of preservation. They were kept in/as books. Bookishness, in European and colonial imaginaries, was an often-idealized, powerful means of keeping things from slipping away. An understanding of bookish things as a repository can be evinced in laws that required preserving a copy of (...) newly published literary works and music for the benefit of posterity; or in popular novels where a book featured as the chronicler (both recorder and narrator) of its own adventures, beyond the lifespans of individual users. Scholars have paid specialist attention to the ontological differences among music, literature, and history when they are kept as books. Discipline-specific trainings and conversations tend to emphasize how different these objects and practices are. Yet focusing on their shared mode of bookish preservation offers other rewards. Our multi-authored article is a creative experiment in bringing together musicologists, literary scholars, and historians to test the potential, for our own fields and with implications for other humanities disciplines, of foregrounding this technological convergence. We propose the more capacious categories of bookkeepers (people who keep things as books) and cultures of note-taking (whether glossing a textbook or notating music) as fruitful avenues to avoid writing the artificially separate histories of creation versus consumption, public versus personal, authoritative versus amateurish, or artistic versus documentary practices. Music, broadly conceived, and the nineteenth-century album (a book of blank pages to keep verses, music, memories, and many more things) serve as the starting point for our reflections. Both exhibit a tangential connection to the normative codes of what Roger Chartier called “the order of books.” In considering actors/artifacts/acts at the very margins of textuality, or existing in a perverse relationship with bookishness, our aim is to redraw the knowledge-making structures we use to investigate our objects of study, calling attention to the intermedial and social practices, and cultures of remembrance, in which they are historically imbricated. (shrink)

Cet article présente deux dépôts de matériel en position secondaire mis au jour en 2008 et 2010 dans la partie nord du secteur Pi de Malia, où la principale phase reconnue correspondait à l’horizon de destruction du Quartier Mu (MM IIB). Or la céramique de ces dépôts appartient à une phase antérieure que l’on peut placer au MM IIA, une phase encore très mal documentée à Malia. Bien qu’il s’agisse manifestement de dépotoirs et qu’aucune structure architecturale ne leur soit clairement (...) associée, leur publication apparaît ainsi utile à la définition de la chrono-typologie céramique maliote. La présentation des autres catégories matérielles composant ces dépôts apporte en outre un modeste éclairage sur les modes de vie à Malia pendant la période protopalatiale. (shrink)

Una de las críticas recurrentes a la concepción de la guerra de Maquiavelo es que considera este fenómeno como algo totalmente “natural”. La guerra pertenece a la “naturaleza de las cosas” y por lo tanto es inútil preguntarse si es posible que exista un mundo libre de guerras, ni si la forma de hacer la guerra tiene que obedecer a un sistema de reglas establecidas en el ámbito de la ley. Sin embargo, la idea maquiaveliana de la guerra como algo (...) “natural” no resulta del “sentido común” o de la experiencia inmediata. Al contrario, se trata de una concepción filosófica, se podría decir incluso ontológica, que depende de una idea de “orden” y de “naturaleza” que remite, en última instancia, al atomismo antiguo. (shrink)

Das Verdienst der erkenntnistheoretischen Überlegungen von Evandro Agazzi besteht in folgendem Vorschlag: Die Wissenschaftsgeschichte sollte als Treffpunkt zwischen philosophischer Reflexion und wissenschaftlicher Forschung verstanden und untersucht werden. Wissenschaft und Philosophie sind damit eng miteinander verbunden. Mit den Worten Kants, ist Wissenschaft ohne Philosophie blind und Philosophie ohne Wissenschaft leer. Und nicht nur das: Für Agazzi hilft die Wissenschaftsphilosophie der Gesellschaft als Ganzes, den kulturellen (und menschlichen) Wert der Wissenschaft besser zu verstehen. Umgekehrt hilft uns die Wissenschaftsgeschichte, den immerwährenden Fortschritt unseres (...) Wissens zu verstehen. Warum ist das so? Weil wir die progressive Natur unserer wissenschaftlichen Erkenntnisse nicht außer Acht lassen dürfen.Der wissenschaftsgeschichtliche Ansatz hilft uns auch zu verstehen, dass die wissenschaftliche Entwicklung immer im Rahmen verschiedener Entscheidungen stattfindet. Umgekehrt hilft die erkenntnistheoretische Reflexion auch der historischen Forschung, die Entwicklung unseres kognitiven und technischen Erbes besser zu verstehen. Auf dieser Grundlage setzte sich Agazzi − in Zusammenarbeit mit Ludovico Geymonat − für die Verbreitung der institutionellen Präsenz der Wissenschaftsphilosophie und der Wissenschaftsgeschichte (sowie der mathematischen Logik) an den Universitäten ein, insbesondere in Italien. Heute stehen wir alle wie Zwerge auf den Schultern von Riesen, denn wir können die Zusammenhänge zwischen Wissenschaft und Philosophie besser verstehen, gerade weil wir auf die historischen Beiträge von Evandro Agazzi zurückgreifen können. (shrink)

Secondo Klemperer la lingua pensa per noi. Ma anche le istituzioni pensano per noi. Col risultato che le prassi determinano spesso un pensiero diffuso che viene condiviso e fatto proprio senza rendersene conto. Quale pensiero ci comunica l’organizzazione attuale della prassi didattica delle scuole italiane? La relazione risponde a questa domanda mostrando come occorre rendersi consapevoli del preciso significato di tutte queste prassi didattiche.

According Klemperer language thinks for us. But also the institutions think for us. With the result that the practices often determine a common thought that is shared and made their own without realizing it. What thought communicates the current organization of the teaching practice of the Italian schools? The report answers this question by showing how users should be aware of the precise meaning of these educational practices.

In Leopardi’s writings the idea of the monster/monstrous means a deviation from nature or a consequence of something that is considered monstrous because it belongs to, or reflects a taste or a set of criteria of evaluation belonging to another time or place. There is therefore both an absolute and a relative meaning of monster/monstrous, according to whether it refers to the real history of mankind, which progressively diverged from nature, or to the imaginary foundation of taste and judgement. Nonetheless, (...) these two moments are intertwined and refer one to the other reciprocally. In fact, the real difference between humanity and nature is the source of every imagination about monstrosity. One might even say that the notion of the monster/monstrous is the chain that links the ‘real’ and the ‘imaginary’ because it is the result of a miscalculation that makes a mere partial viewpoint absolute. (shrink)

This book explores the various connections between Law and Opera, providing a comprehensive, multinational, and multidisciplinary resource on the subject. Further, it makes a valuable contribution to studies on law and the humanities. While, for example, the relationship between law and literature has been extensively researched, the relationship between Law and Opera remains largely overlooked. The book approaches the topic from three perspectives in three main sections: Law in Opera, Law on Opera, and Law around Opera.

Amor, éros, é o tópico que domina toda a primeira parte do Fedro. Os três discursos proferidos – o discurso de autoria de Lísias/Fedro (259e-262c) e os dois subsequentes proferidos por Sócrates (237a-241d; 257b-259d) – são variações desse mesmo tema. Esses três discursos – que ocupam, aliás, a maior parte do texto – não representam mera ilustração propedêutica acerca da retórica e de seu poder sobre os personagens, em vez disso, os dois discursos finais de Sócrates concretizam o próprio movimento (...) dialético, segundo aquela definição que seria oferecida na segunda parte do próprio diálogo: o exercício de divisão (διαίρεσις) e reunião (συναγωηή), o método que ajuda a “falar e a pensar” (266b). Nesse artigo, pretendemos mostrar como os dois discursos de Sócrates são peças-chave para a compreensão global da dialética no Fedro, em suas relações com a retórica, com a psicagogía e com o tema de éros. Palavras-chave: Fedro; dialética; divisão; reunião; discursos. The dialectical contrapositions of Socrates' speeches in Plato's Phaedrus Abstract: Love, éros, is the topic that dominates the entire first part of the Phaedrus. The three speeches given – the speech by Lysias/Phaedrus (259e-262c) and the two subsequent ones given by Socrates (237a-241d; 257b-259d) – are variations on the same theme. These three speeches – which, in fact, occupy most of the text – do not represent a mere propaedeutic illustration of rhetoric and its power over characters. Actually, Socrates’ final two speeches concretize the dialectical movement itself, according to that definition that would be offered in the second part of the dialogue himself: the exercise of division (διαίρεσις) and reunion (συναγωηή), the method that helps to “speak and think” (266b). In this article, we intend to show how Socrates' two discourses are key pieces for the global understanding of dialectics in the Phaedrus, in its relations with rhetoric, with psychagogy and with the theme of éros. Keywords: Phaedrus; dialectics; division; reunion; speeches. Les contrapositions dialectiques des discours de Socrate dans le Phèdre de Platon Résumé: L'amour, eros, est le sujet qui domine toute la première partie du Phèdre. Les trois discours prononcés – le discours de Lysias/Phèdre (259e-262c) et les deux suivants de Socrate (237a-241d ; 257b-259d) – sont des variations sur le même sujet. Ces trois discours – qui, en fait, occupent la plus grande partie du texte – ne représentent pas qu’une simple illustration propédeutique de la rhétorique et de son pouvoir sur les personnages, en effet les deux derniers discours de Socrate concrétisent le mouvement dialectique lui-même, selon cette définition qui serait proposée dans la deuxième partie du dialogue : l'exercice de la division (διαίρεσις) et de la réunion (συναγωηή), la méthode qui aide à « parler et penser » (266b). Dans cet article, nous voulons montrer comment les deux discours de Socrate sont des pièces maîtresses pour la compréhension globale de la dialectique dans le Phèdre, dans ses rapports avec la rhétorique, avec la psychagogie et avec le sujet de l'éros. Mots-clés: Phèdre; dialectique; division; reunion; discours. [1] Este trabalho é um recorte da pesquisa de Doutorado, realizada na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais, que culminou com a tese defendida em 2019, intitulada: A dialética e as letras: imagens e paradigmas do pensar no Fedro de Platão, depositada e disponível no repositório institucional da UFMG. Data de registro: 01/08/2023 Data de aceite: 24/04/2024. (shrink)

Desde los remotos tiempos de la tragedia Ática en Grecia, el teatro es y ha sido siempre movimiento, siendo este una característica esencial de los seres orgánicos, es decir, de los dotados de vida. No obstante, se corre el riesgo de reemplazar su mecánica natural con metafísica, cuando ello no es coherente ni siquiera en hipótesis. Cabe demostrar las disimilitudes del teatro con las doctrinas escolásticas, idealistas, o hinduistas, y su compatibilidad con los átomos, electrones y las leyes de la (...) física, sometiendo sus conceptos al rigor epistemológico. La creación artística nace del psiquismo humano, aun no siendo material en primera instancia, pero ya luego cobra su forma cualitativa definitiva. Para ello atraviesa por varios tipos de censura, tanto física como psicológica, buscando expresarse mediante el lenguaje en que se comunican los distintos géneros dramáticos, dando a conocer su situación de crisis sin retorno, esa que se debate entre crueldad y violencia. Antonin Artaud intrinca al teatro las ideas cabalísticas y no busca contrastarlas con argumentación lógica. La evidencia demuestra que, si es que hay una unidad, esa es la del teatro con lo físico. Lo físico es su verdadero “doble”. Un sucinto pero conciso repaso histórico, bien prodigado de documentación y basado en los preceptos erigidos por el materialismo dialectico, nos dará la certeza de que el teatro pertenece exclusivamente al mundo físico, no solo en la práctica, sino también en esencia, y esta es la materia, siendo solo la metafísica un estadio improbable dentro de ella. (shrink)

The unitary approach, developed in the Prison Notebooks, to the study of ideology, superstructures and language can be considered one of the most important and original contributions made by Gramsci to Marxist theory. With the definition of the gnoseological function of the superstructures/ideologies, and of the intrinsic link between ideology and language, Gramsci establishes a network of relations between “truth” and “politics”, with the mediation of the “translatability of languages”, which redefines in a substantial way both these spheres and, in (...) this way, also the notion of “universality”. (shrink)

This book reports on theoretical and practical analyses of the ethical challenges connected to driving automation. It also aims at discussing issues that have arisen from the European Commission 2020 report “Ethics of Connected and Automated Vehicles. Recommendations on Road Safety, Privacy, Fairness, Explainability and Responsibility”. Gathering contributions by philosophers, social scientists, mechanical engineers, and UI designers, the book discusses key ethical concerns relating to responsibility and personal autonomy, privacy, safety, and cybersecurity, as well as explainability and human-machine interaction. On (...) the one hand, it examines these issues from a theoretical, normative point of view. On the other hand, it proposes practical strategies to face the most urgent ethical problems, showing how the integration of ethics and technology can be achieved through design practices. All in all, this book fosters a multidisciplinary approach where philosophy, ethics, and engineering are integrated, rather than just juxtaposed. It is meant to inform and inspire an audience of philosophers of technology, ethicists, engineers, developers, manufacturers, and regulators, among other interested readers. (shrink)

O presente artigo pretende analisar o processo que, de acordo com Foucault, levou ao abandono da morte pelo poder durante a transição do poder soberano para o disciplinar, na virada do século XVIII para o século XIX. Para tanto, assumindo a perspectiva das práticas punitivas, privilegiada pelo lósofo francês, buscaremos compreender, primeiramente, o papel assumido pela morte na justiça soberana. Em seguida, acompanharemos as transformações nas táticas punitivas motivadas pela consolidação do capitalismo, no bojo das quais o encarceramento emerge como (...) forma de punição privilegiada. Em um terceiro passo, pretendemos identi car, sob essas modi cações nas técnicas de punição, transformações mais profundas nas relações entre o poder, o corpo e a vida, que implicam a desquali cação da morte pelo poder. Finalmente, e à guisa de conclusão, mostraremos que Foucault concebe um novo regime de presença da morte no seio do poder disciplinar. (shrink)

Between the 1960s and the 1970s, Marxism reached its maximum success in Italy, but that phase also corresponded to the crisis of the Italian Communist Party’s cultural hegemony, challenged by both the attacks coming from the New Left and innovative readings of Marx’s works. Marxist historicism, on which the Italian Communist Party had based its cultural policy after the the Second World War, consequently suffered heavy attacks. This article illuminates one of the responses to historicism’s decline, providing an account of (...) the book series La Scienza Nuova, issued by the publishing house Dedalo in Bari and edited by the communist intellectual Mario Spinella, who was able to remain loyal to his party demonstrating, at the same time, cultural autonomy. Also grounding on archival documents, the article posits that Spinella’s aim was to attract New Left readers by selecting books on topics and by authors that were in fashion in Italy and abroad, but incorporating them into a theoretical framework based on Marxist historicism, in order to preserve the latter in an evolving cultural environment. (shrink)

Neste trabalho pretendemos analisar as propostas de construção social da realidade a partir da Teoria do Discurso, na perspectiva de Ernesto Laclau e da análise do discurso de Michel Foucault. Um discurso na perspectiva de Laclau ocorre pela articulação contingente de identidades, em torno de demandas hegemonizadas por uma das identidades que configuram o sentido da realidade. Esse fechamento de sentido é sempre inacabável e, portanto, é contingente e temporário. Já para Foucault o sentido do discurso não está preso às (...) suas condições de emergência passadas, e o que o define não é tanto um conjunto de aspectos comuns, mas um conjunto de regras de formação comuns e um marco institucional desde onde a autoridade do discurso emana. Aqui pretendemos expor os pressupostos epistemológicos dos dois autores e suas implicações na construção do político. (shrink)

Ao longo do século XX, a noção de estilo se estabeleceu como uma categoria quase necessária dentro do campo da estética. Tal fato, aliado à completa flexibilidade de significado do termo, fez com que seu uso se expandisse para diversos campos. Dada essa versatilidade, parece apenas natural que logo essa noção seria usada para estudar as ciências. O que nos propomos é pensar um pouco sobre a sua aplicabilidade dentro do campo das ciências, mais especificamente da física. O caminho a (...) ser traçado será apresentar alguns casos nos quais estilo aparece dentro desse contexto, seja da física, seja do conhecimento como um todo. Por fim, discutiremos alguns aspectos gerais que parecem ser necessários no desenvolvimento de uma estilística da física e da prática científica. (shrink)